Não o ter por perto é como não levar o meu relógio para a escola. Para vocês se calhar até é bastante normal, esquecem-se de o pôr de manhã ou assim, mas para mim não. O meu relógio é uma das coisas que não troco por nada e que raramente tiro. Às vezes para tomar banho, mas só às vezes é que tiro. Durmo, como, faço tudo com ele. É uma das coisas que mais me mantém em mim mesma e focada. E é, claro, uma grande metáfora para ele.
Quando digo que não o tenho por perto, não é ele estar em Portimão e eu no Porto. Mas sim ele estar uma mesa atrás de mim, a dois centímetros, a um toque e a um "ups, desculpa" e não me falar. Estar atrás de mim na fila e fingir que não me vê. Não se preocupar, não mostrar carinho. Sim, não é meu namorado nem sente o mesmo por mim que eu sinto por ele, mas é um grande amigo, fora coisas amorosas ou relacionais. É um amigo em quem eu sempre depositei confiança, que sempre soube ser cinco estrelas. E depois vira-me as costas às mínimas coisas.
E sim, claro que depois me passo quando faz jogos de trocas de olhares comigo, claro que depois me passo quando me sento ao pé da turma de nono ano da minha prima e olho em vão para quem está a passar e ele está a olhar para mim. A olhar-me nos olhos e a sorrir.
Num tom sarcástico, às vezes os rapazes parecem raparigas com o período!
A ultima frase é tão verdade.... E eles nem têm de passar pelas dores porque se passassem seriam mesmo muito insuportáveis.
ResponderEliminarA última frase diz tudo. Faz-lhe o mesmo, e ele pára. Ignora e ele corre para ti!
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